A Comunidade de Inserção Novo Olhar (CINO) é uma estrutura habitacional com capacidade para acolher 18 pessoas de ambos os sexos e famílias com ou sem crianças que se encontrem em situação de vulnerabilidade social em situação de sem abrigo.
Constitui uma etapa intermédia de um percurso, que vai do acolhimento à autonomia de pessoas com dificuldades de inserção social e profissional que necessitem de um tipo de intervenção específico.
Esta intervenção é baseada num diagnóstico que assenta nas potencialidades e vontade expressa das pessoas, na adesão e construção de um projeto de vida e na promoção da sua autonomia.
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A intervenção no âmbito de uma Casa de Acolhimento Residencial Especializado (CARE) para jovens com graves dificuldades emocionais assenta na necessidade de se proporcionar uma resposta adequada a jovens que apresentam um grau de complexidade elevado em relação à satisfação das suas necessidades: necessitam de proteção (do perigo a que os próprios se expõem ou expõe outros), de um espaço seguro que proporcione estabilidade, mas necessitam também de um local com aceitação dos seus comportamentos para que seja possível promover competências e mudança interna.
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O trabalho do CAFAP reveste-se de especial importância junto do público-alvo e da comunidade onde está inserido na medida em que permite, através da sua equipa multidisciplinar e das atividades previstas, apoiar as crianças, jovens e as suas famílias na resolução/minimização das problemáticas que lhes estão associadas, apoiando também na concretização da mudança. necessárias.
Assim, o CAFAP trabalha numa lógica de intervenção sistémica, construindo com a família o plano de intervenção adequado às problemáticas associadas e aos resultados a atingir.
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Lidar com os desafios de hoje exige soluções que trazem diferentes perspetivas e estão dispostos a assumir riscos. O Apartamento Partilhado de Habitação Temporária (APHT) – Coliving emergiu de uma busca para apoiar a comunidade de Pessoas em Situação de Sem Abrigo (PSSA) na última fase do processo de autonomização. Estabelecida em abril de 2021, somos uma resposta social orientada por ideias progressistas, ações ousadas e uma base sólida de apoio..
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Perante a impreparação dos jovens institucionalizados para efetuarem uma transição bem-sucedida para a idade adulta, e face à ausência, de suporte institucional e, muitas vezes de uma retaguarda familiar adequada e capaz de se constituir como uma rede de apoio ao desenvolvimento integral de adolescentes com medida de promoção e proteção, assim como a baixa cobertura destas respostas sociais em toda a Região Centro, o Apartamento de Autonomização surge como um espaço (resposta social) no qual os jovens podem treinar competências que lhes assegurem um futuro autónomo e minimizem os riscos de exclusão social, e constitui-se como um fator de inovação no sistema de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens.
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“A habitação é um direito fundamental constitucionalmente consagrado, a base de uma sociedade estável e coesa e o alicerce a partir do qual os cidadãos constroem as condições que lhes permitem aceder a outros direitos como a educação, a saúde ou o emprego”.
A valorização da habitação como uma área estratégica ao desenvolvimento humano tem suscitado a reflexão acerca de um amplo conjunto de orientações e recomendações, a partir de organizações internacionais, como as Nações Unidas, o Conselho da Europa, a União Europeia ou a Organização Mundial de Saúde, bem como ao nível dos governos nacionais e locais.
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O Aviso 05/C01-i02/2023 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) insere-se na Componente 01, cujo objetivo é reforçar os serviços de saúde mental, promovendo a criação de respostas integradas e continuadas, especialmente em áreas carentes. A prioridade é aumentar a acessibilidade aos cuidados continuados de saúde mental, promovendo a equidade territorial e a coesão nacional na prestação desses serviços.
A região Centro de Portugal enfrenta uma escassez significativa de respostas adequadas para jovens e suas famílias no âmbito da saúde mental. A atual oferta, especialmente na pedopsiquiatria, é insuficiente, com os jovens a receberem, em média, apenas 2 a 3 consultas anuais. O tempo de espera para uma primeira consulta é elevado, agravando os quadros clínicos. Esta situação é particularmente grave nos concelhos de Figueira da Foz, Soure e Montemor-o-Velho, onde a ausência de uma Equipa de Apoio Domiciliário – Infância e Adolescência (EAD-IA) tem dificultado uma resposta adequada às necessidades crescentes de saúde mental.
Devido à escassez de respostas locais para apoiar pessoas com problemas de saúde mental, a Associação Novo Olhar (A.N.O) apresenta o Projeto ABARCA, uma intervenção estratégica que visa a criação de uma Unidade Sócio Ocupacional (USO). Esta iniciativa está alinhada com o diagnóstico social do Município e com o Aviso n.º 04/C01-i02/2023, em conformidade com a legislação vigente para o funcionamento dessas unidades.
Hospital Sem Teto: Inclusão e Autonomia para Pessoas com Deficiência
O projeto “Hospital Sem Teto”, desenvolvido pela Associação Novo Olhar, é uma iniciativa no âmbito do PRR – AVISO N.º 02-C03-i01-2021, voltada para a proteção, inclusão e autonomia de pessoas com deficiência ou incapacidade e suas famílias. O projeto visa a adaptação de um edifício de utilização coletiva, localizado em Quiaios, para transformá-lo em um centro de apoio social com três valências principais: Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) e Residência de Autonomia e Inclusão (RAI). O objetivo é proporcionar um espaço inclusivo, acessível e funcional, que atenda de forma integrada às necessidades das pessoas com deficiência e suas famílias.
O Projeto PERSONAL-IDADES é uma iniciativa da Associação Novo Olhar no âmbito do CLDS5G (Contratos Locais de Desenvolvimento Social – 5ª Geração), com financiamento do Programa PESSOAS 2030. Esta resposta inovadora nasce da necessidade de respostas sociais inovadoras e integradas para enfrentar os desafios da inclusão social e da coesão comunitária no concelho da Figueira da Foz, e visa promover a inclusão social, combater a pobreza e fortalecer a coesão territorial no concelho da Figueira da Foz, refletindo um compromisso com a redução das desigualdades, o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável.
A Figueira da Foz enfrenta desafios estruturais que impactam diretamente a qualidade de vida da sua população, como o envelhecimento demográfico, o desemprego, a exclusão social, a pobreza infantil e a fragilidade das redes de suporte familiar e comunitário. Além disso, a vulnerabilidade a fenómenos naturais e crises sociais exige estratégias preventivas e respostas ágeis para minimizar impactos e promover a resiliência comunitária.
A sua implementação decorre entre 2025 e 2029 e tem como base um diagnóstico social atualizado, que identifica grupos vulneráveis e prioridades de intervenção. O projeto insere-se nas estratégias nacionais e europeias de desenvolvimento social e combate às desigualdades, articulando-se com outras respostas já existentes no território.
Neste contexto, o PERSONAL-IDADES propõe uma abordagem estruturada e territorializada, promovendo ações em quatro áreas estratégicas: emprego e qualificação, apoio a crianças e jovens, promoção da autonomia e envelhecimento ativo, e fortalecimento da comunidade em contextos de crise. O projeto assenta numa intervenção de proximidade, garantindo que as soluções são ajustadas às reais necessidades da população e implementadas com a participação ativa das comunidades locais.
Mais do que um projeto assistencial, o PERSONAL-IDADES aposta na capacitação e empoderamento das PESSOAS, ajudando-as a construir percursos de vida sustentáveis, fortalecendo os laços comunitários e promovendo um território mais justo, inclusivo e resiliente.
