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Apartamento de Autonomização


Os Apartamentos de Autonomização são uma resposta social de acolhimento desenvolvida em apartamento inserido na comunidade, destinada a apoiar a transição para a vida adulta de jovens que possuem competências pessoais específicas.

A baixa cobertura destas respostas sociais em toda a Região Centro, constitui uma necessidade social urgente, sentida e reconhecida pela generalidade das Casas de Acolhimento, constitui um fator de inovação no sistema de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens.

Jovens do sexo masculino com idade compreendidas entre os 15 e os 25 anos, com medida de promoção e proteção definida no âmbito da Lei 147/99, de 1 de Setembro, nomeadamente com medidas definidas a partir da aplicação do art.º 45.º da referida Lei com as alterações introduzidas pela Lei nº 31/2003, de 22 de agosto, e pela Lei nº 142/2015, de 8 de setembro e que não tenham qualquer suporte familiar que lhes permita um acompanhamento no processo de integração social, e com um nível de maturidade/responsabilidade que lhe permita integrar um programa de competências de autonomia de vida.

A promoção da autonomia em jovens institucionalizados deve ser um processo gradual e deve-se basear na individualidade de cada um, na sua autonomia e dar-lhe a oportunidade de escolher e de tomar decisões, bem como desenvolver competências pessoais e sociais. As crianças e jovens institucionalizados devem beneficiar da definição de um projeto de vida, que deve assentar em princípios e valores como: Dignidade; Respeito; Autonomia; Capacidade de escolher; Privacidade e intimidade; Confidencialidade; Igualdade e Equidade e a Participação.

Estes jovens vivenciam um quotidiano autónomo, pernoitando sozinhos no apartamento, mas contando com acompanhamento técnico e educativo sistemático, estando o técnico de referência permanentemente contactável e monitorizando regular e presencialmente a responsabilidade e os compromissos dos jovens.

Reconhecendo que cada jovem tem necessidades diferentes, a primeira ação a realizar será conhecer avaliar a situação do jovem considerando os aspetos médicos, psicológicos, sociais e jurídicos. O passo seguinte consiste em delinear, em conjunto com o jovem, um plano individual de autonomização, e finalmente, o acompanhamento constante e as reavaliações posteriores devem caracterizar a aplicação desse mesmo plano.

A intervenção, a realizar-se no APA, permitirá aos jovens integrarem um programa estruturado de competências de autonomia, que abrange diferentes dimensões, nomeadamente organização e gestão, gestão do tempo, recursos sociais e de suporte, relações interpessoais, recursos cognitivos e regulação do self,em espaço próprio, especialmente concebido para treino de competências de autonomização, tendo por objetivo viabilizar a sua autonomia de forma gradual, ponderada e consistente.

No contexto da intervenção desenvolvida com os jovens são utilizadas metodologias grupais e individuais adequadas às características específicas de cada individuo, assim como, o recurso a metodologias ativas e participativas, valorizando as experiências, vivências e conhecimentos dos jovens, implicando-os no seu processo de desenvolvimento, tornando-os assim protagonistas da transformação das suas histórias de vida.

Com o envolvimento dos jovens na construção da própria autonomização é possível abrir horizontes que irão promover a mudança e a sua participação efetiva na construção da vida social de uma forma positiva e responsável, onde a aprendizagem e o treino de atividades da vida quotidiana, como a organização da casa, a alimentação, a gestão de recursos ou a formação cívica e a prevenção de comportamentos de risco, são ferramentas para a sua plena integração na sociedade e para a sua própria sustentabilidade, após a saída da instituição.


O objetivo é permitir aos jovens e jovens adultos condições de progressiva autonomia numa fase dos seus Projetos de Vida na transição para a vida ativa, proporcionando a conclusão dos cursos de educação e de formação profissional, a inserção no mercado de trabalho, a procura de alojamento e o desenvolvimento de competências de organização e gestão de casa, de competências sociais, de saúde, higiene e segurança, de relações públicas, contatos com organismos públicos e privados, agências de emprego, conhecimento e envolvimento nas estruturas locais e regionais autárquicas e de participação cívica e cultural.

  1. Apoiar a transição para a vida adulta de jovens e a sua inserção na sociedade através de uma metodologia de intervenção específica com vista à sua responsabilização e autonomização;

  2. Proporcionar aos jovens a aquisição/desenvolvimento de competências pessoais, sociais, escolares/formativas e profissionais;

  3. Mediar processos de autonomia e participação ativa na vida em sociedade potenciando os fatores de inserção social;

  4. Proporcionar as condições necessárias ao bem-estar físico, psíquico e social dos jovens acolhidos nos Apartamentos;

  5. Desenvolver processos individuais de acompanhamento e de apoio a nível psicossocial, material, informativo e de inserção sócio laboral.

Técnico Superior de Ciências Sociais e Humanas
Educador Social